quinta-feira, 23 de abril de 2015

Silência e serve

EM SILÊNCIO
“Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos do Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus.” – Paulo. (EFÉSIOS, 6:6.)
Se sabes, atende ao que ignora, sem ofuscá-lo com a tua luz.
Se tens, ajuda ao necessitado, sem molestá-lo com tua posse.
Se amas, não firas o objeto amado com exigências. 
Se pretendes curar, não humilhes o doente. 
Se queres melhorar os outros, não maldigues ninguém.
Se ensinas a caridade, não te trajes de espinhos, para que teu contacto não dilacere os que sofrem.
Tem cuidado na tarefa que o Senhor te confiou.
É muito fácil servir à vista. Todos querem fazê-lo, procurando o apreço dos homens.
Difícil, porém, é servir às ocultas, sem o ilusório manto da vaidade.
É por isto que, em todos os tempos, quase todo o trabalho das criaturas é dispersivo e enganoso. Em geral, cuida-se de obter a qualquer preço as gratificações e as honras humanas.
Tu, porém, meu amigo, aprende que o servidor sincero do Cristo fala pouco e constrói, cada vez mais, com o Senhor, no divino silêncio do espírito…
Vai e serve.
Não te deem cuidado as fantasias que confundem os olhos da carne e nem te consagres aos ruídos da boca. 
Faze o bem, em silêncio.
Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir, de coração, a vontade de Deus.

Espiritismo

 O dirigente espirita

 "O dirigente espírita nunca deve esquecer que se encontra revestido de um encargo que, embora nada seja entre os homens, é de grande importância perante Deus".
Esta afirmativa foi feita por Miguel Vives, um missionário que viveu em Barcelona no final do século passado, e que deixou preciosos ensinamentos de como se proceder em relação à direção do centro espírita.
  Dirigir uma casa espírita é tarefa das mais difíceis e requer de quem tem o encargo, além de um entendimento mais amplo das coisas, um profundo senso de responsabilidade.
Sabe-se que não é por acaso que algumas pessoas assumem esse posto. É corrente no meio espírita a idéia de que ninguém aceita essa tarefa de livre e espontânea vontade, mas levado pelas circunstâncias e por falta de trabalhadores que queiram "sacrificar-se". Por conta desse torto pensamento, em muitas situações o desempenho dessa missão se torna penoso e desgastante.
Muitos dirigentes chegam mesmo a declarar que estão no cargo apenas por falta de quem o substitua.
Parecem carregar pesado fardo, do qual querem se ver livres o mais rápido possível. Entendemos que os que assim procedem, infelizmente ainda não alcançaram a real compreensão sobre a missão de que estão imbuídos e tampouco a enorme oportunidade de crescimento que lhes foi dada pela Vida.
Nesse grave momento de descontrole por que passa a humanidade, o dirigente espírita deveria buscar compreender a importância do centro espírita. Se não tiver dentro de si os valores necessários para o cumprimento de sua tarefa, a casa sob sua responsabilidade poderá seguir por caminhos outros que não os dos núcleos onde se vivencia e ensina a mensagem cristã. Se os centros espíritas são a cátedra do Espírito de Verdade, muito mais razão terá quem o dirige de tentar chegar o mais perto possível desse entendimento, a fim de que possam os bons Espíritos efetivamente fazer uso dele, espargindo entre os homens a mensagem de esclarecimento e libertação.
 A função do dirigente espírita, portanto, é da mais alta gravidade diante de Deus.
Pois ele, mais que os outros trabalhadores espíritas, faz o papel do "sal que salga", conforme nos exorta Jesus, no seu inesquecível Sermão da Montanha. Entretanto, o sucesso de sua tarefa administrativa depende do seu preparo em muitos aspectos, primordialmente no campo do conhecimento doutrinário e de sua conduta moral. Ele deve ser antes de tudo o espelho, o exemplo que muitos tentarão seguir, a conduta que tantos procurarão imitar. Mas não somos santos, dirão os que vêem nisso um exagero. Decerto que não, mas essa mentalidade de pseudo-humildade é de suspeita modéstia. Esconde também um estado de acomodação bastante favorável para os que não querem esforçar-se em lutar por vencer suas más inclinações.
Dirigentes há, que exercem um papel para o qual não estão preparados e deixam crescer nos centros espíritas toda sorte de desvios, tanto doutrinários quanto morais, preparando inconscientemente um campo perfeito para a ação nefasta dos Espíritos atrasados.
Diremos mais: serão casas que acabam sendo dirigidas por essas entidades, que sob nomes pomposos se locupletam em mantê-las no atraso, envolvendo as pessoas que ali estão (trabalhadores e freqüentadores), em fantasias, ilusões e fascinações. Enganam-se os que pensam que tais desvios ocorrem somente em casas mais simples ou menores. Hoje, observam-se essas distorções disseminadas por todo o Movimento Espírita. Os jornais, os folhetos, os programas e eventos espíritas dão exemplo disso a todo instante. Quem tem olhos de ver, que veja.